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Além as Estrelas são a Nossa Casa

textos "Para um dia pintar o guarda-rios", "Além as estrelas são a nossa casa", "Cabeleira de Berenice", "Eléctrico para o céu", "Ring the bell please", "Se estivesse na pele de um índio seria uma tatuagem", "O dia, meteorologicamente", "Um pouco como as pirâmides do Egipto", "Anda, vamos ver as montras" e "Eu se não subo ao pessegueiro morro" de Abel Neves

estreia em 20 de Abril de 2000 - Pátio da Inquisição

total de espectáculos - 51 (Coimbra, Seixal, Évora, Braga, Beja, Faro, Guimarães e Nelas) - total de espectadores - 2.649

21ª produção - A Escola da Noite©Abril2000


Ficha Técnica:
•••Encenação: António Augusto Barros e Sílvia Brito.
•••Elenco:
•••••••••Para um dia pintar o guarda-rios Pintora > Cristina do Aido
•••••••••Além as estrelas são a nossa casa António Jorge, Mário Montenegro, Paula Marques, Sílvia Brito e Sofia Lobo
•••••••••Cabeleira de Berenice Ele > Ricardo Silva; Berenice > Cristina do Aido
•••••••••Eléctrico para o céu Homem > Mário Montenegro; Mulher > Sofia Lobo
•••••••••Ring the bell please Homem > António Jorge; Mulher > Paula Marques
•••••••••Se estivesse na pele de um índio seria uma tatuagem Mulher > Sofia Lobo; Homem > Mário Montenegro
•••••••••O dia meteorologicamente Ele > António Jorge; Ela > Sílvia Brito
•••••••••Um pouco como as pirâmides do Egipto Homem > Mário Montenegro; Mulher > Sofia Lobo
•••••••••Anda, vamos ver as montras António Jorge, Sofia Lobo, Cristina do Aido e Sílvia Brito
•••••••••Eu se não subo ao pessegueiro morro Personagem > António Jorge
•••Cenografia: João Mendes Ribeiro.
•••Figurinos: Ana Rosa Assunção.
•••Luzes e som: Rui Raposo.
•••Vídeo: Nuno Patinho.
•••Fotografia: Augusto Baptista.
•••Grafismo: Ana Rosa Assunção.
•••Direcção de cena: Ricardo Silva.
•••Direcção de montagem: António Jorge.
•••Execução de cenografia e montagem: Alfredo Santos, António Jorge, Armando Fernandes e Mário Montenegro
•••Assistência de Figurinos: Elsa Rajado, Isilda Rodrigues e Margarida Dias.
•••Relações com a imprensa: Isabel Campante.
•••Colocação de Espectáculos: Pedro Rodrigues.
•••Angariação de apoios: Ana Vargas.
além as estrelas
Da terra às estrelas ou o contrário também é possível

Os textos chegaram. "Vejam lá se vos interessa…" Trinta textos! Tantos textos? Vamos lê-los, é sempre o melhor. E, enquanto líamos: o que quer isto dizer? De que está ele a falar? Reconheço as palavras, entrevejo a história mas e, aqui, neste ponto, que volta é esta que ele está a dar? A pôr os textos na terra, na alma do palco, na voz e no corpo: que seres são estes? Donde vêm, onde moram, que fazem, vivem de quê, que querem? As respostas? Incompletas até hoje, fragmentadas, partículas de uma história que não sabemos.

Este é o nosso dia a dia, de todos os dias, os caminhos que fazemos, os transportes que usamos, as ruas, as casas. E de repente o céu, já ali, tão perto, tão à mão, apetecível, a lembrar o entendimento das coisas para lá do tempo que temos e das coisas que fazemos. Eu estou aqui e faço isto, sou assim — para sempre? Mas se fosse outra coisa, se fizesse o que tantas vezes penso e que mais não faço que voltar a esquecer, a deixar para depois, mais tarde, respirar mais tarde? Se quando olho visse e falasse do que vejo e dissesse o que quero em vez de um paliativo, mais um, outro, outra vez? Se me lembrasse das maravilhas do mundo e dedicasse algum tempo a pensar nelas, na sua beleza e parasse o tempo por um pouco e por aí ficasse a respirar, talvez a respirar, que sabemos nós? Em vez disso corremos para o eléctrico, para o carro, para o avião, cruzamos os ares dentro de cápsulas, protegidos (?), esquecidos, alheados, mudos. Atravessamos a história, a nossa história e a dos outros, à velocidade da luz, sem olhar para a paisagem, sem apalpar a matéria de que são feitas as coisas, o barro de que é feito o belo, atropelando pelo caminho as palavras e as acções, os desejos e ideais.

Tentamos parar. Pensar. Actuar. É o teatro. É a possibilidade que o teatro abre. O cruzamento da terra com as estrelas, do chão palpável, de madeira, com o tecto de luzes, estrelas imaginárias. Tão perto a vida, finalmente. O ar que faltava. Ainda agora estávamos no teatro e de repente estamos na vida? Ou o contrário também é possível.


Sílvia Brito
in programa do espectáculo. Saiba mais sobre os conteúdos do programa aqui.


Sobre este espectáculo:

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