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Câmara vs agentes culturais
Estratégia cultural de Coimbra em debate

O debate promovido pelo Conselho da Cidade de Coimbra anunciava-se quente, num acumular de críticas à autarquia por parte dos agentes culturais da cidade. Nos últimos dois anos, têm sido muitas, e em crescendo, as acusações e os mimos trocados entre uns e outros.
Num debate promovido pelo Grupo da Cultura do Conselho da Cidade, representantes dos partidos com assento na Assembleia Municipal e dos vários agentes culturais envolveram-se numa acesa discussão com o presidente da Câmara, acusando-o de mentiroso e de falta de estratégia cultural para a cidade.
O debate pretendia criar uma oportunidade para a discussão das principais linhas de actuação do actual executivo em matéria de política cultural, confrontando-as com as propostas dos restantes partidos. Mas tudo o que se conseguiu foi uma série de acusações por parte dos representantes de agentes culturais da cidade, que demonstraram o seu desânimo face à política do executivo de Encarnação.
Já em Dezembro de 2005, um grupo de cidadãos lançou um abaixo-assinado em protesto por declarações então prestadas pelo vereador da Cultura que afirmou que gastava “pipas de massa” com alguns protocolos. Mais tarde, a cidade voltou a agitar-se quando viu frustrada a sua candidatura à nomeação de Coimbra como Capital Europeia da Cultura em 2012. A tudo Encarnação rebateu enumerando as infra-estruturas criadas e os apoios concedidos. Mas a verdade é que, segundo os agentes culturais, algumas das infra-estruturas não estão disponíveis e os apoios não são concretizados desde 2005. Nas duas horas e meia de debate, todos acusaram o executivo de falta de ligação e cooperação com o mundo artístico.
Em resposta, o autarca afirmou que a Câmara não pode ser dona da política cultural nem pode arcar com todas as responsabilidades.

Paula Alexandra Almeida
O PRIMEIRO DE JANEIRO 18/ABRIL/2007