Bom texto, o que está em
http://www.aescoladanoite.pt/paginas/018-opiniao.html.
Pena ser necessário. Enfim, consciente do pouco alcance que a minha ajuda
pode ter, considerem-me disponível para o que for preciso. Afinal, na qualidade
de apreciador do vosso trabalho, sou parte interessada.
Eduardo Basto
Espectacular o vosso trabalho, nesta recolha de informação
tão útil.
É um memorando triste, mas real.
É bom começar a ver as pessoas, e as instituições, a reagir e a não meter
mais a cabeça na areia.
Eu já em Julho-Agosto denunciava junto dos jornais, alguns atropelos que
o vereador cometeu em relação ao meu trabalho:
recusou-me a edição de um livro sobre a Estatuária de Coimbra e meses mais
tarde editou-o ele. Recusou uma exposição de fotografias para invisuais
alegando não ter qualquer importância para Coimbra um trabalho dessa natureza.
Os jornais silenciaram. Silenciaram-me. Mas no tempo paira a verdade e a
justiça. Sempre soube esperar...
Atenciosamente,
Paulo Abrantes
Boa ideia, esta do “dossier”.
Agora, é preciso pensar no que fazer a seguir o que, evidententemente, não
é só um problema da “Escola”. O manifesto, apesar da repercussão que teve,
não chega.
Que tal (e volto a frisar que não estou apenas a falar para a “Escola”)
“agarrar” a questão levantada pelo Paulo Abrantes e fazer um levantamento,
tão completo quanto possível de situações que configurem um “atentado” contra
uma política cultural de que Coimbra carece há muitos anos e cuja definição
devia ser encarada como ponto essencial de qualquer estratégia de desenvolvimento
e afirmação da cidade?
Isto implicaria, obviamente, o envolvimento de vários dos chamados agentes
culturais. E uma acção concertada e ampla, que recuse sectarismos, elitismos
e, sobretudo, o fecho das instituições e dos criadores sobre si próprios.
Mas eu creio que, realmente, é tempo de dizer basta e colocar a Cultura,
em Coimbra, no lugar em que ela deve ser colocada. O que obriga a forçar
cada um a assumir as suas responsabilidades: cidadãos e suas associações,
os ditos agentes culturais e as respectivas instituições, a autarquia e,
naturalmente, o Governo, cujo papel na adopção de uma política que entenda
a cultura como um factor de desenvolvimento e não como uma flor para pôr
na lapela e que descentralize nos factos e não apenas nas palavras, não
pode e não deve ser escamoteado.
Um abraço.
João Mesquita