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Comédia sobre a Divisa da Cidade de Coimbra

de Gil Vicente


estreia em Coimbra, a 8 de Dezembro de 1993

Teatro Avenida de Coimbra

total de espectáculos - 22 (Coimbra)
total de espectadores - 3.882


7ª produção - A Escola da Noite©Dezembro1993


Ficha Técnica:
•••Encenação: Nuno Carinhas.
•••Elenco:
•••••••••Didascália > Carlos Borges, Rosário Romão
•••••••••Peregrino > Carlos Borges
•••••••••Lavrador > José Vaz Simão
•••••••••Ermitão / Rei Ceridón > Carlos Borges
•••••••••Celipôncio > António Jorge
•••••••••Liberata > Sílvia Brito
•••••••••Galameno > Carlos Sousa
•••••••••Herideia > Isabel Leitão
•••••••••Monderigon > José Vaz Simão
•••••••••Melidónio > Carlos Sousa
•••••••••Serpe e Leão > Carlos Borges
•••••••••Belicrasta > Rosário Romão
•••••••••Silvenda > Sofia Lobo
•••••••••Sossidéria > Sílvia Brito
•••••••••Perigéria > Rosário Romão, Sofia Lobo e Sílvia Brito
•••••••••Colimena > Isabel Leitão
•••Cenografia: João Mendes Ribeiro.
•••Figurinos: Ana Rosa Assunção.
•••Desenho de luz: Vítor Correia.
•••Adereços: Luís Mouro.
•••Grafismo: Ana Rosa Assunção.
•••Fotografia: Susana Paiva.
•••Assistência de encenação: Sofia Lobo.
•••Assistência de movimento: Ana Varela.
•••Execução de cenografia: Carlos Figueiredo e José Resende.
•••Execução de figurinos: Maria Gonzaga.
•••Cabelos: Beatriz Cabeleireiros.
•••Direcção de cena: Sofia Lobo.
•••Operação de luz:Vítor Correia.
•••Operação de som:João Pessoa.
•••Produção: Rui Valente e Sofia Lobo.
•••Promoção: António Jorge e Rosário Romão.
divisa

O Ouro da Casa

Este é um espectáculo dos actores, a quem foi sugerido que andassem à deriva, antes de nos ancorarmos à forma deste divertimento. O elenco teria que se identificar como personagem colectiva, a troupe, paralelamente com o exercício das individualidades: Gil Vicente apresenta A Comédia sobre a Divisa da Cidade de Coimbra, pelo ensemble d'A Escola da Noite / A Escola da Noite apresenta-se / Carlos Borges apresenta a Comédia "feita e representada era do senhor de 1527" em 1993 pel'A Escola da Noite...

O encenador, (intruso convidado) é figura de mediação. Esteve, para estimular a soltura de todos ao gozo da representação, à invocação dos géneros e à insistência nas ultrapassagens; para ajudar a tornar cómodo e gostoso o que era impedimento — o bilinguismo vinha à cabeça da lista — e facilitar acessos a energias inexploradas; para assistir às repetições, somando e subtraindo sinais, sem deixar que o desejo de cristalização antecedesse a exploração das possibilidades líquidas; para facilitar a prática das imperfeições; para se ocupar da especulação sobre as outras deixas dramatúrgicas, a saber: acontecimento localizado em cubo—sala—paisagem, palco autónomo, caixa de luz e música onde os actores, vestidos com fragmentos de roupagens doutros e deste tempo, vindos desde há quatrocentos anos até este fim de século, nos revelam os segredos da Origem do Lugar. Tudo ligado pela Didascália que se diz — a cábula que usámos ficou presa à prova oral.

A Comédia é sobejamente estimulante na sua construção bizarra, o texto é de escrita fina e "sabor", os personagens e a narrativa da lenda são universais: destino, padecimento, sobrevivência, desejo, metamorfose, morte.

Era/é este um objecto do teatro português: uma festa regrada mas com cheiro / "mui chã e moral". E que melhor cidade e companhia para re-apresentá-la, tomando de assalto o espaço que é seu?!

Agora, "a la ventura sagrada lo dexo, y sálgome afuera".

Laus Deo.


Nuno Carinhas, Intercidades, 25/11/93
in programa do espectáculo. Saiba mais sobre os conteúdos do programa aqui.

Sobre este espectáculo:

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